Futebol fadado às incertezas ou interesses?

Parece que o futebol brasileiro está fadado a um tratamento amador e interesseiro por parte de seus comandantes. As leis possum várias brechas que já poderiam ter sido corrigidas há tempos.

Por exemplo: por que apenas uma emissora pode comprar os direitos de transmissão dos torneios? Qual a necessidade de vender um produto a apenas um cliente e não faturar mais com a venda de 2 ou mais pacotes a outras emiissoras, que, além de movimentar mais dinheiro, ainda iria democratizar as transmissões para os amantes do futebol.

Não sei por que existe essa necessidade tão grande em não tentar descomplicar as coisas. Seria limitação, interesse ou as duas coisas juntas?


Brincadeira de Natal da CET

Amigos, a ausência no Blog tomou conta de mim assim como a imbecilidade e falta de comprometimento pela população tomaram conta da nossa querida CET, que tem como função organizar o trânsito, mas parece que colocou no topo de suas prioridades apenas a emissão de multas e incompetência.

Ontem, na volta para casa, resolvi passar pelo Parque Ibirapuera para mostrar à minha filha a decoração de Natal por lá. O trânsito? Sem problema. Saí de casa já preparado para enfrentá-lo e com paciência de sobra para não me irritar.

Pois bem, inicio trajeto congestionado na Avenida Brasil rumo ao parque, empolgado junto à família e vibrando para deixar a querida Maluzinha feliz a cada decoração que víamos. Não demorou muito e avistamos a árvore. O bobão aqui fez a festa e criou uma expectativa imensa para o destino que se aproximava. Chegando no trecho da lagoa do parque, avisto um desvio. Fui otimista e pensei que fossem apenas algumas faixas interditadas, mas não, era um bloqueio total da via e tive que simplesmente sair do meu rumo.

A CET conseguiu mais uma vez ultrapassar todos os limites da minha paciência, não por bloquear uma via que lota de pedestres, mas por não colocar nenhuma sinalização no percurso rumo ao parque falando da interdição. Me senti um idiota e ainda fiquei devendo uma visita à árvore para minha filha, até pelo alarde que eu mesmo criei. Mas não sei se vou.

A interdição impulsionou a indústria local dos “flanelinha” e só no pequeno desvio que fiz passei por mais de 15, sem exagero algum. Ou seja, além de pegar trânsito e ser obrigado a descer do carro para ver umas das decorações mais belas da cidade, ainda terei de pagar para deixar o meu carro, sem seguro, na rua, para pelo menos ter a garantia de que alguém não vai riscá-lo ou fazer algo pior por má-fé, já que até o estacionamento do parque está inacessível, pelo menos pelo trajeto que eu fiz.


O Projeto Solo de Axl Rose

Depois de apenas acompanhar brevemente o lançamento do álbum Chinese Democracy, resolvi tirar estes dias para analisá-lo com frieza e olhando de maneira mais clara para o contexto e repercussão da obra.

Chinese Democracy é uma decepção para mim e não é um disco que tenha a identidade do que é Guns N’ Roses, que marcou uma época na música com sua atitude, agressividade, mas, antes de tudo, pela altíssima capacidade de compor músicas fantásticas, que fugiam um pouco do tradicional formato Hard Rock, mas conseguiram com isso dar ainda mais nobreza ao estilo e fazer com que o Rock voltasse a ser destaque.

Independentemente do meu gosto, já neste sentido o álbum foi um fracasso. Numa época em que o rock anda em baixa na indústria cultural, o Guns poderia ser encarado facilmente como uma esperança, mas não correspondeu às expectativas de quem contava com isso.

E não poderia ser diferente: as composições são fracas demais na parte instrumental; as músicas são pouquíssimo pegajosas e algumas são até irritantes – algo fatal para quem faz hard rock; os solos de guitarra são perdido; as linhas de vocal do Axl são totalmente incompatíveis com o que o consagrou. Enfim, os pontos negativos são vários.

Mas, vamos parar para pensar. Provavelmente o Axl não aceitou interferência de produtores no trabalho, tanto que trocou várias vezes durante o processo, ou seja, só sobrou ele com poder de composição, porque o restante é um amontoado de músico, bons tecnicamente, mas que nunca compuseram nada de sucesso.

Chinese Democracy não tem nada de Guns N’ Roses e, para mim, não passa de um projeto solo do Axl, bem meia boca por sinal.


O Candidato Luís Inácio Lula da Silva

O ex-presidente Lula me decepciona a cada declaração de apoio a Dilma em campanha para o primeiro e agora segundo turno.  Ah, antes que esqueça e para que fique claro, tenho Lula como ex-presidente por ter abdicado do cargo para sair pelo Brasil fazendo discurso em palanque de comícios que até a própria Dilma não participava

Lula fala sempre como candidato, como alguém que vai liderar o país ou vai colaborar diretamente para isso. Mas é óbvio que isso só acontece no palanque, já que friamente ele não tem vergonha nenhuma de afirmar que vai descansar após o mandato ou a campanha, como queiram.

Isto, para mim, é uma forma de enganar o povo. Acho válida a ideia de apoiar firmemente a Dilma e a continuidade do seu trabalho, mas falar com o povo como um candidato é ser desleal com seu próprio eleitorado, que depositará na Dilma todas as esperanças que sempre depositou no Lula.

Eu sei que faz parte do jogo político, mas não é certo, não é honesto e muito menos compatível com a ótima campanha à presidência que o PT tem feito.


Tiririca – Será que culpa é do povo mesmo?

Tenho lido muita coisa a respeito, de modo geral, sem poupar em nada a ignorância de quem votou no palhaço. Eu concordo com boa parte de tudo isso, mas acho que o problema não é o voto em si, mas nosso sistema eleitoral.

Por exemplo, se o povo soubesse que o PR usou o Tiririca para levar mais candidatos ao congresso será que votariam mesmo assim?

Eu não tenho dúvida nenhuma sobre a falta de conhecimento da população em relação a este tipo de coisa. E quando digo isso não me refiro só ao famoso “povão”, mas à maioria esmagadora do povo, porque não é uma tarefa fácil entender os procedimentos e as lógicas da quantidade de cadeiras, votos excedentes, entre outras coisas que só confundem o eleitor e fazem com que ele coloque pessoas que não quer na Assembléia Legislativa ou na Câmara dos deputados.

Entendam bem, meus amigos, não estou aqui isentando totalmente a irresponsabilidade das mais de 1 milhão de pessoas que votaram no Tiririca, mas creio sim que se nosso sistema eleitoral fosse mais claro e menos injusto, os partidos deixariam de brincar com a populaçáo e o povo poderia fazer de fato escolhas boas para o país.


Novo estímulo para utilizar o transporte público?

Ainda é projeto, nada oficial, mas esta semana tivemos mais um grande incentivo para utilizar o transporte público. A prefeitura de São Paulo tem a pretensão de aumentar o valor da condução de ônibus para R$ 2,90, mesmo sem apresentar grandes melhorias, sem renovar frotas, sem criar itinerários que pudessem amenizar a super lotação de tantas linhas da capital, entre tantas outras coisas que poderiam ser feitas para melhorar o transporte e justificar o provável aumento a que seremos submetidos.

Com este aumento, o ônibus ultrapassaria a passagem do Metrô. Outro absurdo. Apesar de quase sempre cheio, o conforto que se tem no Metrô nem se compara ao do ônibus, que, além de muitos serem velhos, ainda são vítimas dos buracos e do trânsito da cidade, apesar dos corredores exclusivos que, na minha opinião, tem até uma boa participação no caos que se tornaram as avenidas paulistanas.

Com estas atitudes, nosso município só deixa cada vez mais fixo na mente da população que o transporte público é apenas uma necessidade e não opção para que todos deixem os carros em casa, como adoram falar, numa postura que dá a entender até que a culpa do trânsito é nossa, que cometemos o crime de utilizar o carro ao invés de enfrentar a guerra diária para embarcar e desembarcar dos ônibus abarrotados de gente.


Jogo de Equipe: o Terrorismo da Ferrari

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Recentemente, um dos maiores pilotos da história do automobilismo, Emerson Fittipaldi, afirmou que já participou e que defende o jogo de equipe na Fórmula 1. Se é certo ou errado fica difícil falar, até porque, qual seria este jogo de equipe aprovado por ele? A F1 dá margem a diversos tipos de jogadas de uma escuderia e seus pilotos para chegar à vitória e a maioria deles são legais e totalmente legítimas.

O problema nisso tudo não é jogo de equipe da F1, mas o da Ferrari, que promove um verdadeiro terrorismo contra o esporte. Desrespeita seus pilotos com imposições incabíveis e extremamente arbitrárias para alcançar seus objetivos. Passa por cima dos princípios do esporte para vencer e não mede esforços para chegar ao sucesso. Lembram do dick vigarista? Acho que ele serviu de inspiração para alguém…

Porém, não sejamos inocentes aqui a ponto de colocar a Ferrari como a única culpada destes episódios, apesar de achar a principal. Os pilotos têm de ter um pouco de dignidade também, agir como verdadeiros campeões e vencedores. Eles não são meninos nascidos em periferia que receberam a chance da vida. Quem está na Ferrari tem mercado para atuar em qualquer equipe da F1, portanto, se submeter ao terrorismo ferrarista é se tornar um seguidor dele.


Contradição em Prol do Poder

Engraçada a notícia que escutei hoje. O PT quer derrubar a obrigatoriedade de se apresentar o RG para votar. A informação me fez lembrar a própria campanha eleitoral do partido, que tem lembrado seus eleitores a todo momento sobre a exigência – algo que aparentemente parece prestação de serviço, mas que, obviamente, passa longe disso.

O objetivo do desejo petista e das ações do marketing são simples: evitar que muitos potenciais eleitores deixem de votar, até porque se há alguém com pendências em releção a documentos e justiça eleitoral, estas pessoas estão concentradas nos eleitores de baixa renda que, em sua maioria, vota esmagadoramente no Lula ou em qualquer outra indicação do PT e do nosso atual presidente.

Outro ponto a se destacar nessa história, e para justificar o título deste post, é a campanha do PT indo contra uma lei sancionada pelo próprio governo Lula.


Candidatos: Para que Twitter?

Por curiosidade, resolvi seguir alguns candidatos ao senado, governo de São Paulo e presidência da República, porém, me decepcionei. Tentei interagir com Aloysio Nunes, indagando sua covardia no CQC em não afirmar que a mensagem no horário eleitoral, dizendo que “bater em mulher é covardia”, é direcionada ao rival Netinho. Tentei também com o vice do Serra, Índio da Costa, falando que o ficha limpa deixa de ter credibilidade pelo fato de, em seu ano de estreia, permitir uma candidatura de Paulo Maluf. Em nenhuma das situações obtive resposta.

Então, fui analisar a página de cada um deles e reparei que o problema não foi apenas comigo, talvez por uma antipatia repentina dos candidatos em relação à minha foto ou mensagem. Percebi que os políticos só gostam e interagem com quem puxa seu saco e não estimula um debate de algum tema realmente importante.

De modo geral, as mensagens deles são apenas reforços do que já disseram no rádio e TV ou agradecimentos a eleitores que os elogiam. Não há interação de fato, não há debate. Eles deixam de usar uma ferramenta genial para se mostrarem acessíveis e se aproximarem do eleitor. Usam o Twitter apenas por obrigação e para marcarem presença. Esquecem de se diferenciar e fazer disso um artifício para conquistar votos. Uma pena!

Dentro disto tudo, porém, cabe uma exceção. Pelo que observei, Geraldo Alckmin é um dos únicos que utiliza bem o Twitter. Mostra que não tem medo de ser indagado sobre qualquer que seja o assunto. Ponto para ele!


A Morte do Meu Time em 2010

Ricardo Saibun / Santos F.C.

Ricardo Saibun / Santos F.C.

Após as imensas alegrias do primeiro semestre, o Santos, meu time do coração, morreu este ano para mim. Vou acompanhar, como faço com os outros, mas torcer pode ter certeza que não. O motivo não pode ser outro: a demissão do Dorival Jr. Algo que derruba a máscara de profissionalismo que esta diretoria aparentemente sustentaria durante sua gestão.

Fico profundamente entristecido, e revoltado ao mesmo tempo, vendo uma postura tão amadora e ridícula da diretoria santista. Uma atitude desrespeitosa com quem tanto colaborou com as conquistas da equipe este ano e que espantará profissionais sérios da Vila Belmiro, profissionais que abominam imposições e interferências de cartolas em seu trabalho.

Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado para mim, desde já, como o dirigente que rebaixou o Santos, moralmente, que colocou um jogador acima de instituição e que cometeu uma das maiores injustiças e atrocidades que já vi no meu time do coração.

Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado como o cartola que conseguiu manchar o ano mais mágico do Santos após a Era Pelé, de um ataque que conseguiu reeditar a média de gols daquela época, algo que nem o mais entusiasta dos torcedores poderia enxergar uma possibilidade num delírio dos mais intensos.

Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado como o cartola que me fez ter o gostinho do que é ter um Eurico Miranda comandando seu time.

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A decisão, além de arbitrária e ridícula, deixará o Neymar em maus lençóis. Grupo e torcedores, que respeitavam o Dorival, enxergarão o moleque como o grande culpado pela saída de um dos responsáveis pelo ano de ouro que o Santos vinha tendo.

Mesmo assim, em maus lençóis mesmo quem fica é a minha paixão pelo esporte e pelo meu time. Não tem como não desanimar e, por isso, não tenho vergonha nenhuma: o ano do Santos 2010 para mim acabou em 21 de setembro.