Ricardo Saibun / Santos F.C.
Após as imensas alegrias do primeiro semestre, o Santos, meu time do coração, morreu este ano para mim. Vou acompanhar, como faço com os outros, mas torcer pode ter certeza que não. O motivo não pode ser outro: a demissão do Dorival Jr. Algo que derruba a máscara de profissionalismo que esta diretoria aparentemente sustentaria durante sua gestão.
Fico profundamente entristecido, e revoltado ao mesmo tempo, vendo uma postura tão amadora e ridícula da diretoria santista. Uma atitude desrespeitosa com quem tanto colaborou com as conquistas da equipe este ano e que espantará profissionais sérios da Vila Belmiro, profissionais que abominam imposições e interferências de cartolas em seu trabalho.
Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado para mim, desde já, como o dirigente que rebaixou o Santos, moralmente, que colocou um jogador acima de instituição e que cometeu uma das maiores injustiças e atrocidades que já vi no meu time do coração.
Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado como o cartola que conseguiu manchar o ano mais mágico do Santos após a Era Pelé, de um ataque que conseguiu reeditar a média de gols daquela época, algo que nem o mais entusiasta dos torcedores poderia enxergar uma possibilidade num delírio dos mais intensos.
Seu Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ficará marcado como o cartola que me fez ter o gostinho do que é ter um Eurico Miranda comandando seu time.
—————
A decisão, além de arbitrária e ridícula, deixará o Neymar em maus lençóis. Grupo e torcedores, que respeitavam o Dorival, enxergarão o moleque como o grande culpado pela saída de um dos responsáveis pelo ano de ouro que o Santos vinha tendo.
Mesmo assim, em maus lençóis mesmo quem fica é a minha paixão pelo esporte e pelo meu time. Não tem como não desanimar e, por isso, não tenho vergonha nenhuma: o ano do Santos 2010 para mim acabou em 21 de setembro.